O engenheiro Civil e sua importância na sociedade

Não é muito difícil mensurar a importância do Engenheiro Civil para o desenvolvimento do país. Basta olhar ao redor e lembrar que prédios, estradas, viadutos e usinas são realidades devido ao trabalho deste profissional. A Engenharia Civil compreende seis grandes áreas do conhecimento: estruturas, materiais e construção civil, hidráulica e recursos hídricos, geotecnia, transporte, saneamento e meio ambiente. Muitos alunos pensam que só vão calcular estruturas e construir prédios, porém eles aprendem também a projetar e construir estradas, vias urbanas, estações de tratamento de água e de esgotos, canais, barragens e hidrelétricas. São 200 vagas ao ano, divididas em duas entradas semestrais. A duração padrão do curso é de cinco anos.

No mercado de trabalho, o Engenheiro Civil pode atuar tanto no setor público quanto no privado, lidando com o planejamento, projeto, acompanhamento, a fiscalização e execução de obras civis, bem como é responsável pelo cálculo da estrutura, posicionando de forma segura e harmônica lajes, vigas, pilares e fundações que sustentam as construções. 

Com base nestas premissas, entrevistamos o Engenheiro Civil e Agrônomo, Romilton de Carvalho Fraga (imagem no final do texto), proprietário da RG Engenharia e também Engenheiro Civil responsável pelo setor da obras da Prefeitura Municipal de Caetité, lotado na Secretaria de Serviços Públicos do município.

P - Porque você escolheu a profissão de engenheiro civil?

R - Desde criança sempre ví meu pai trabalhando com obras e isso despertou em mim o interesse em trabalhar com engenharia. Sou também engenheiro agrônomo, mas hoje só exerço a engenharia civil, na qual fiz o meu bacharelado concluído em 2013, são, portanto, quatro anos exercendo a profissão.

P - Como tem sido o mercado de trabalho para a Engenharia Civil?

R - O mercado tem sido competitivo, onde se tem aberto novas vagas e formando muitos profissionais, mas infelizmente com a crise que se abateu sobre o país, isso tem dificultado novas obras. Essa crise também levou, os engenheiros se qualificarem mais para poder conquistar ou até mesmo se manter nos poucos postos de trabalho para a engenharia. 

P - Quais são os desafios que o engenheiro civil tem encontrado num mercado tão competitivo?

R - Qualificação, obras e estas por sua vez são muito mal projetadas o que dificulta bastante o nosso trabalho, porque temos que corrigir projetos mal feitos ou até mesmo com um planejamento muito ruim. Outro desafio é a cultura existente no nosso país de se fazer obras sem um projeto de engenharia. Isso ainda ocorre em cidades pequenas como Caetité e Guanambi, onde se executam obras sem projeto.

P - E quanto ao seu trabalho como engenheiro aqui na prefeitura de Caetité, o que você tem visto quando a população cobra do poder público algumas demandas que exigem o trabalho do engenheiro civil?

R - É um trabalho que exige muito do profissional, porque trabalhamos em diversas áreas como drenagem, pavimentação, construção de edificações, urbanização, como um todo você tem que está preparado para atender essas demandas, haja vista que Caetité, como qualquer cidade interior da Bahia, tem problemas que necessitam ser sanados, mas como eu disse anteriormente é necessário um projeto bem elaborado para que esta ou aquela obra não venha a sofrer nenhum tipo de deterioração com o passar do tempo. Aqui faço projetos para que estas obras sejam bem feitas e que o dinheiro da população seja bem empregado em obras que durem por muitos anos.

P - Como você definiria a importância do engenheiro civil num tempo em que as pessoas estão cada vez mais exigentes?

R - Nos dias de hoje como a densidade demográfica cada vez aumentando mais, os lotes em áreas urbanas cada vez mais caros, tudo tem que ter um projeto de edificação, para que o terreno seja bem utilizado na construção da edificação, e para que haja uma convivência harmoniosa na sociedade. Há também que se fazer um projeto sanitário ou de esgotamento, de vias de recursos laterais visando que não prejudique o seu vizinho, de convivência como um todo. Dessa forma seria interessante e necessário se projetar para melhorar a qualidade e o engenheiro está ai para esses projetos serem bem feitos, tanto física, estrutural e socialmente.

P - Que conselho você daria aos novos profissionais que estão entrando no mercado de trabalho?

R- Exerça a profissão com amor, se qualifique, e não se preocupe com dinheiro, este virá com o tempo e o bom trabalho que você exercer, execute um bom serviço e com certeza a recompensa virá de todas as formas.

Do Radar 030 por Willian João Leal da Silva


Romilton é dono da RG Engenharia e chefe do setor de engenharia da Prefeitura.