Caetité: Moradores de comunidade fazem protesto contra obras de empresa. Justiça determina que manifestantes fiquem a 2 km das obras. Veja vídeo

Moradores da comunidade de Lagoa de Felix Pereira interditaram pista. (Foto: Radar 030).

Desde a sexta-feira(23/08), moradores da Comunidade de Lagoa de Félix Pereira, zona rural de Caetité, interditaram a estrada vicinal que estava sendo usada para trafego de máquinas, caçambas e carretas  de um empreendimento  ligado a empresa Perimetral, terceirizada da Andrade Gutierrez, que está  trabalhando na construção da Subestação Igaporã 3, ligada a força eólica. Os operários  foram impedidos de passarem, criando um grande impasse no local.

Os moradores alegam que a obra só trouxe prejuízos a região. Casas estão rachando e  correm risco de desabar; a poeira causada pelos grandes carros é terrível e causam doenças a população e os empregos segundo o movimento são dados a pessoas de outros lugares.

Nesta segunda-feira (26/08), uma liminar concedida pela justiça a empresa Perimetral, obrigou os moradores a liberarem a estrada, sendo determinado que os manisfestantes fiquem a 2 km do perímetro das obras.  Caso a ordem seja descumprida, pode haver multa de até R$:500,00 reais por dia. A ordem judicial foi executada pela Polícia Militar. 

Em conversa com o site Radar 030, o vereador João do Povo, que esteve no local, acompanhado do Vereador Julio Ladeia, e uma advogada da Prefeitura municipal, informou que a situação dos moradores é terrível, e que a empresa não está cumprindo com as condicionantes do contrato.

"Nem a estrada está sendo molhada e nem os moradores estão sendo indenizados pelos prejuízos causados pela movimentação." Falou João ao Radar 030.

Julão, na sessão da câmara de vereadores, desta segunda-feira,  fez fortes criticas as empresas, e classificou a situação como absurda.

"Um absurdo o que estão com fazendo com a população daquele local. Caetité não é a casa da mãe Joana e vamos tomar providências..."  Indagou Julão.

O edil também informou que os vereadores irão protocolar um pedido ao Ministério Público para que haja o mais rápido possível um interversão para proteger a população. O Radar 030, teve acesso a um vídeo exclusivo, onde uma humilde mulher conta desespera a  real situação da comunidade e como os mesmos estão sendo prejudicados. 

Apesar dos moradores estarem proibidos de chegar perto do canteiro da obra, sobre um distancia de 2 KM, existem pessoas que moram a menos de 700 metros do empreendimento. Veja o vídeo da moradora.


Casas estão rachando com a passagem dos grandes veículos (Foto: radar 030)