Na Bahia, chegada do verão acende alerta para ataque de escorpião

Com o crescimento desordenado das áreas urbanas, precariedade de saneamento básico, falta de moradias adequadas, desmatamento, e as mudanças climáticas, a perspectiva é que ocorra crescimento do escorpionismo em todo o Brasil.

Na Bahia, somente este ano foram registradas 8.181 vítimas até junho, de acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia (SESAB). A ocorrência desse tipo de acidente é tão grande em diversos países tropicais a ponto da Organização Mundial de Saúde (OMS) incluí-lo na lista de doenças tropicais negligenciadas. fazendo companhia às leishmanioses e à febre malária, dentre outras.

Doenças tropicais negligenciadas são aquelas associadas tanto às situações de miséria que favorecem o contágio quanto ao pouco interesse da indústria farmacêutica em criar tratamentos novos. A Assessoria de Comunicação da (Sesab) também informa que, em 2019, 21.383 pessoas foram vítimas de ataques, já este ano até junho, 8.181 pessoas foram vitimadas.

A recomendação para evitar ataques, em lugares propensos é vedar as soleiras das portas e janelas quando começar a escurecer, pois os escorpiões tem hábito noturno; usar telas em ralos; vedar frestas e buracos em paredes e pisos; afastar as camas e berços das paredes, principalmente em casas sem reboco; não pendurar roupas nas paredes; acondicionar o lixo em recipientes fechados para evitar insetos, que servem de alimentos para os escorpiões; sacudir calçados, roupa (inclusive de cama) e toalha antes de utilizar.

Os acidentes escorpiônicos na Bahia, como em todo o Brasil, vêm crescendo em decorrência do desmatamento e problemas de saneamento básico (principalmente esgotos a céu aberto; acúmulo de lixo, entulho e restos de material de construção) e da grande capacidade deste animal em se adaptar ao ambiente doméstico, onde encontram facilmente abrigo e alimento e se reproduzem com facilidade.