CPI do Transporte: Jorge Ladeia rebate o ex-Diretor de Trânsito de Caetité, e defende seu trabalho de vereador junto a Comissão. Veja
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Nesta última quarta-feira, 13/07/2022, o ex-Diretor Trânsito, VAGNELSON ALVES RIBEIRO, protocolou arguição de suspeição contra o vereador Jorge Magno Ladeia, pedindo sua exclusão como membro da Comissão. VAGNELSON alega que JORGE tem “interesse pessoal” na investigação, por ter sido o autor da representação ao MPF e porque “prejulgou” os fatos em entrevista de rádio.
Entretanto, JORGE LADEIA, em sua resposta, lembra ao ex-Diretor de Trânsito que a CPI investiga tão somente atos do atual Prefeito de Caetité, VALTÉCIO AGUIAR e que Vagnelson teve o nome citado na representação por causa da contratação, para o transporte escolar, de um irmão seu, Válter Marcelo Alves Ribeiro, este com um cunhado também contratado. E acrescenta que a representação está fundada no uso de contratos para o favorecimento, em tese, de pessoas próximas ao Prefeito, com vistas a um projeto de poder.
JORGE LADEIA também defende o seu papel/dever de vereador, que, entre outros, é de fiscalizar os atos do prefeito, esclarecendo que a CPI se destina à investigação de possível prática de atos ilícitos, ao final da qual será elaborado relatório final que pode, no máximo, concluir pelo envio das investigações ao Ministério Público Federal, que se encarregará de responsabilizar eventuais infratores nas esferas civil e criminal. Ladeia também defende que as CPIs não servem para punir os culpados, cuja atribuição cabe apenas ao Poder Judiciário.
Na mesma resposta, JORGE também deixa claro que a petição de VAGNELSON representa um “corpo estranho” na CPI e que “apenas justifica, sua intromissão, a tentativa frustrada de se blindar o próprio investigado, o Prefeito Valtércio”. O pleito de Vagnelson não passa de uma “clara e ridícula manobra voltada a criar obstáculos às necessárias investigações”, denuncia o Relator da Comissão.
JORGE LADEIA não poupa palavras ao defender seu direito de fiscalizar: “Quando Vagnelson, ou alguém por ele, não revelado, imputa a mim a inexistente pecha do “interesse pessoal”, acaba manobrando, conforme já foi dito, contra o direito/dever de fiscalização do próprio Legislativo (...) Meu interesse, portanto, não é “pessoal”, pois não terei, em qualquer hipótese, qualquer vantagem pessoal. Meu interesse é funcional, e está no âmbito estrito da atribuição fiscalizatória inerente ao cargo de Vereador. Fui eleito justamente para isso. Assim também os demais colegas desta Casa. Todos. Sem exceção. Ainda que, no meio político, seja lamentavelmente comum pensar-se em tudo, menos no povo, nos reais interesses da população. Mas advirto: não faço e nem farei parte de um meio assim”. (Veja a resposta na integra)