Elas estão de volta: Fitas Cassete voltam a movimentar o mercado da música

Elas fizeram sucesso nos anos 70, 80 e 90 por poderem levar música a qualquer lugar e caberem no bolso. E agora elas estão de volta com força total. São as fitas cassete que há 40 anos foram as queridinhas dos jovens que poderiam ouvir a sua música predileta em qualquer lugar e hora. Bandas independentes, principalmente as bandas de rock, rap, funk e outras do segmento estão optando por gravar em fitas cassete por serem até mais baratas em relação ao cd. Para se ter uma ideia o custo de uma fita K7 gravava e com capa custa as bandas em torno de 3 a 5 reais e podem ser revendidas a 10 reais. Já o cd é vendido ao consumidor final entre 20 a 25 reais. 

A novidade acompanha a onda retrô que recuperou o prestígio dos discos de vinil há alguns anos e também, mais recentemente lá fora, das fitas – nos Estados Unidos, por exemplo, as vendas de cassete por parte da National Audio Company aumentaram em 20% entre 2014 e 2015.  No Brasil a empresa FlapC4 está investindo na novidade e já negocia com distribuidoras de música a venda das fitas. Até ano passado quem precisava gravar fitas cassete no Brasil, tinha que buscar o serviço na Argentina.

A FlapC4 usara uma máquina da marca Kaba Research & Development, que grava 100 fitas ao mesmo tempo. Os diretores da FlapC4 garantem que a qualidade das fitas produzidas não decepcionará. 

Breve histórico da Fita Cassete (ou K7):

 – As fitas cassete surgiram em 1963. Criadas pela Phillips, logo se tornaram uma opção portátil aos discos de vinil. Apesar da praticidade e de permitir a gravação de músicas transmitidas pelo rádio, demoraram a engrenar comercialmente. 

–No final dos anos 1970, o advento dos aparelhos portáteis, do tipo Walkman, impulsionou a popularidade das fitas. Em meados dos anos 1980, o aparelho era um artigo obrigatório entre jovens.

– Até meados dos anos 1990, a fita cassete foi o principal meio de difusão musical entre os jovens. Era comum esperar horas pelas músicas prediletas tocarem no rádio para gravar uma seleção musical customizada: as mix tapes.

–Entre a segunda metade dos anos 1990 e o início dos 2000, as fitas perderam popularidade. Um dos motivos foi a difusão dos CDs graváveis, seguida pela ampliação do acesso à internet e a possibilidade de baixar músicas em arquivos digitais, como MP3.

Do Radar 030 por Willian João Leal da Silva